segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Dois.

Janelas grandes , sempre mostram dois. Caminhos e bancos também. Dois se abraçam. Dois levam. Outros dois discutem. Adiante outros dois, bestamente olhando o céu, se admiram refletidos na lua.
Com duas casquinhas , de diferentes sabores, em diferentes mãos, derretem-se no sereno da noite. Estrelas com testemunhas. Caminham pingando, levando como se tivessem coleiras, outros dois conversando distraidamente.
A noite, também se encerra com o dia. E mais outros dois.
Duas estrelas brincam alegres com a lua. E dois cachorros, na canção tocada do trotar de suas patas, rondam a praça de onde vagabundam todo o dia. Uma eminência de perigo constante. Perigo pra ninguém.
Um Ônibus deixa dois velhinhos no ponto de pedra-portuguesa. Duas sacolas nas mãos de uma senhora.
E dois, em par, de sapatos caminham sofregamente para casa. Por fim dois travesseiros acolhem uma cabeça cansada. E na janela o vidro é em dois.

Um comentário:

Éverton Vidal Azevedo disse...

Dois... saudade desse número e de tudo o que ele trás.

Ps: Continuo aprendendo por aqui.