quarta-feira, 19 de março de 2008

“Bunitinho”

Palavras caem do céu, e suas letras escorrem como a chuva numa noite estrelada e solitária. Elas pulam no ar, brincam de sons , enquanto nada são, apenas significado puro, pueril e ingênuo. Despretensiosas, esse é o adjetivo ideal (e já não seria mais uma palavra brincando comigo... que surpresa!). E ficam assim, brincando enquanto esperam a forma de um significado maior de um texto ou um contexto. Qualquer um destes serve.

Na chuva solitária de noite estrelada e céu límpido as palavras simples, aladas e divertidas vêm a mim para iniciarmos um jogo só nosso , onde o mais importante é divertir-nos e nada mais.

Mas divertir-nos de tal forma que passaríamos de praça na sexta a noite à guarda chuva naquela chuvinha chata de quarta feira às cinco horas da tarde.

Mesmo assim, mesmo brincando, poderíamos até brigar. E brigar de tal forma, e tão feio, que elas se esconderiam de mim. Só de birra. Só de raiva

E assim eu ficando já louco... louco então para continuar a brincadeira até a chuva parar e sono vir, junto com a lua que já está alta no céu.

E mesmo dormindo , elas escorregam para os meus sonhos noturnos, e me assobiando novas aventuras, continuo assim essa brincadeira com as palavras.

3 comentários:

flexa disse...

gosto do que vejo por aqui. Sobre as palavra que falar delas são a essência de toda a vida. Algumas culturas chegam ao ponto de não distingui-las da essência de cada um de nós. Logo estarei "brincando" com as minha em público meu amigo. Enquanto isso, espio a sua "brincadeira".

Éverton Vidal Azevedo disse...

Haha Pq "Bunitinho"? Essas palavras parecem crianças, brincam de esconde-esconde-qualquer-coisa.

Muito bacan mano! Vc escreve muito bem!

Abraços.
Inté!

Éverton Vidal Azevedo disse...

Também gostei do prefácio do Mario de Andrad que vc publicou para meu deleite lá no Re-novidade rs.
Inté!